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Tumores de Quadril

Atualmente, a terceira causa de afastamento do trabalho relaciona-se a  problemas associados ao quadril. Trata-se de um estrutura adaptada para suportar o peso do corpo, distribuir os esforços e permitir movimentos como flexão, extensão e rotação de membros inferiores. 

Essa articulação de grande porte é atingida por muitas doenças, algumas raras (tumores ósseos) e outras mais conhecidas, como a artrose e artrite, além de fraturas e outras síndromes. E elas atingem todas as idades: crianças e adultos.

Apesar de ser muito raro (cerca de 1% de todos os casos de câncer), os ossos são  atingidos por diversos tipos de câncer. Dentre os principais tumores malignos, podemos citar os osteossarcomas, os tumores de Ewing e os condrossarcomas. Entre os benignos, podemos destacar o Encondroma, a displasia fibrosa, células gigantes e o cisto ósseo. Dessa forma, eles atacam também  os ossos do quadril e suas estruturas.

Mas afinal, como esses tumores atingem essa região tão complexa como o quadril? Como eles se desenvolvem?

Tumores malignos associados ao quadril

Como dito anteriormente, são três os principais tumores ósseos que associam-se também ao quadril.

Osteossarcoma

Ele costuma atingir principalmente crianças e jovens entre os 10 e 20 anos de idade. Contudo, qualquer pessoa está sujeita. Dados revelam que cerca de 10% dos casos são diagnosticados em pessoas com mais de 60 anos. Assim, costumam evoluir em áreas de crescimento do osso, como nas extremidades de ossos longos (joelho, fêmur, úmero), podendo se manifestar também em outras regiões, como ombro, quadril e mandíbula. 

Inicialmente, o indivíduo não apresenta sintomas. Somente em estágios mais avançados é possível perceber uma massa palpável e aumento de temperatura no local.

Assim, os sintomas associados são inchaço e dor no local atingido, que pioram no período da noite. Costuma aumentar com a prática de atividade física. Se ele atinge a  mandíbula, por exemplo, a pessoa terá dificuldades para falar.

Tumores de Ewing

A princípio, existem três tipos principais de tumores de Ewing. O mais comum, chama-se sarcoma de Ewing. Ele se desenvolve na medula óssea e atinge, principalmente, adolescentes e jovens, com menos de 20 anos. O segundo, chama-se Ewing extra-ósseo, que afeta os tecidos moles em torno do ossos, incluindo as articulações do quadril. O terceiro tipo é chamado de primitivo periférico, que se origina no tecido ósseo e/ou nos tecidos moles.

Em relação aos sintomas, os indivíduos geralmente apresentam febre, perda de peso, mal-estar, fraqueza, anemia e dor e nódulo no local do tumor. Além disso, quando aproximam-se da coluna vertebral, causam fraqueza, dormência ou paralisia dos braços e pernas.

Condrossarcoma

Trata-se de um tumor produtor de cartilagem, que costuma desenvolver-se com mais frequência no fêmur proximal, bacia e no úmero proximal. Afeta indivíduos entre os 20 e 40 anos de idade. Devido a sua localização e crescimento lento, geralmente é diagnosticado em estágios mais avançados.

Tumores Benignos no Quadril

Como dito anteriormente, existem também os tumores benignos, que são: 

  • Encondroma: formador de cartilagem;
  • Cisto ósseo simples: localiza-se dentro do osso, como uma cavidade preenchida;
  • Osteocondroma: apresenta-se como uma extensão lateral do próprio osso;
  • Osteoma osteóide: muito raro, menos de 1% de casos. Caracteriza-se por um pequeno tumor ósseo que causa dor;
  • Condroblastoma: tumor benigno também raro, formador de cartilagem.
  • Cisto ósseo aneurismático: formador de várias cavidades preenchidas por sangue.
  • Tumor de células gigantes – caracteriza-se pela proliferação de células gigantes multinucleadas, que se assemelham aos osteoclastos.

Causas

Ainda não se sabe o que causa a maioria dos tumores ósseos. Contudo, acredita-se que a doença começa a se desenvolver com um erro do DNA das células. Dessa forma, esse erro faz com que a célula cresça. E o acúmulo forma uma massa, ou tumor, que pode invadir áreas próximas e atingir outras partes do corpo.

Sabe-se também que há fatores que contribuem para o aparecimento da doença, dos quais:

  • Doença óssea pré existente;
  • Alta exposição a irradiação;
  • Síndromes genéticas.

Diagnóstico

Como há muita dificuldade em identificar os sintomas, a maioria dos tumores ósseos são diagnosticados em estágio avançado. Portanto, o primeiro passo consiste no levantamento do histórico clínico do paciente, com detalhamento de todos sintomas, além do exame físico, onde verifica-se se há algum nódulo, calor em alguma região afetada, dor e limitação. 

Juntamente com isso, realizam-se exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, para, justamente, confirmar a existência do tumor e avaliar toda sua extensão.

Vale salientar que no caso dos tumores de Ewing, a realização de uma biópsia é de extrema importância, porque os sintomas geralmente confundem-se com os de uma osteomielite, que trata-se de uma infecção do osso.

Problemas na identificação dos sintomas

Existem muitos problemas quando o assunto é a identificação dos sintomas. A dor e o inchaço são muito comuns em crianças, em razão das brincadeiras e atividades do dia a dia, e das práticas esportivas que participam. Assim, esses sintomas geralmente não são relacionados com algum problema mais sério, retardando a maioria dos diagnósticos. Em adultos, servem como sinal de alerta. Mas dificilmente, associa-se esse alerta a  tumores ósseos.

Assim, os principais sintomas comuns do tumor ósseo, podem incluir:

  • Febre;
  • Fadiga;
  • Inchaço;
  • Dor nos ossos;
  • Ossos quebradiços;

Tratamentos

Como resultado, as opções de tratamento para tumores ósseos são cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Assim, na maioria dos casos, o paciente submete-se primeiro à quimioterapia. Após, passa pela cirurgia para retirada do tumor e novamente por sessões de quimioterapia. Em casos dos tumores de Ewing, emprega-se também a radioterapia após a cirurgia.

Esses tratamentos, evitam, por exemplo, a amputação de um membro. Caso essa situação seja inevitável, usam-se próteses ou enxertos para reconstruir a área retirada na cirurgia.

Convivendo com o diagnóstico

Todos sabemos que o diagnóstico de câncer pode ser assustador. Portanto, é importante conhecer e entender as formas de tratá-lo e de viver com ele. Dessa forma, conversas com especialistas e informar-se sobre possíveis tratamentos podem deixar o indivíduo mais seguro em relação às suas decisões com relação à doença.

Por fim, o paciente também deve saber que, após o tratamento, fazer exames e avaliações periódicas para verificar o controle da doença, é de extrema importância!

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), possui residência médica em Ortopedia e Traumatologia pela mesma instituição de ensino e subespecialização em Cirurgia do Quadril.
Registro CRM-SP nº 117036.

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