No estresse e correria do dia a dia, ou ainda na rotina de estudos, muitas vezes sentimos dores no pescoço e na coluna cervical. A princípio, isso pode estar ligado a posturas, alteração estrutural ou cansaço de algum esforço repetitivo. Contudo, pode se tornar um quadro crônico, evoluindo para uma inflamação, a qual damos o nome de Cervicalgia.
Essas dores e desconfortos causados pela inflamação na parte de trás do pescoço comprometem grande parte das atividades rotineiras que realizamos, o que impede muitas vezes o indivíduo de trabalhar, praticar esportes e até mesmo seu lazer.
O que é Cervicalgia
Assim, para entendermos a fundo como funciona a cervicalgia, precisamos recorrer a coluna cervical. Ela é composta por sete vértebras, ligadas por músculos e ligamentos. Em outras palavras, forma uma ponte entre a nossa cabeça e o tronco.
Trata-se de uma estrutura frágil, que controla os movimentos da cabeça e assegura sua sustentação. A tensão, estresse, má postura e maus hábitos podem comprometer essa estrutura e o corpo tem dificuldades de se recuperar, evoluindo para quadros crônicos. Além disso, a condição também manifesta-se por traumas, comprometendo os movimentos da cabeça.
Tipos de Cervicalgia
Existem, basicamente, dois tipos de cervicalgia: a cervicalgia aguda e a cervicalgia crônica.
A cervicalgia crônica costuma levar a uma artrose das vértebras cervicais. Geralmente, indivíduos acometidos por este quadro pensam que se trata de um torcicolo comum. Porém, não é. Com o passar do tempo, aparecem alterações musculares na região afetada, modificação de força e sensibilidade, culminando em uma dor crônica.
A cervicalgia aguda é fruto de lesões musculares ou articulares, geralmente decorrentes de má postura e movimentos bruscos no geral. Além disso, costuma aparecer após algum choque violento, provocando o que chamamos de traumatismo cervical. Por exemplo, um acidente de carro. Em alguns casos raros, ela pode ligar-se a doenças infecciosas, reumáticas ou tumorais.
Principais causas e sintomas da Cervicalgia
Em suma, as causas da cervicalgia podem varir, como dito anteriormente, desde traumas a maus hábitos. Dessa forma, podemos citar:
- Acidentes e lesões no pescoço;
- Envelhecimento natural;
- Estenose (estreitamento do canal vertebral);
- Falta de condicionamento físico adequado;
- Estresse e consequente rigidez muscular.
Os sintomas também variam, mas a maioria relaciona-se a dores intensas na região. Podemos incluir:
- Tonturas;
- Desconforto extremo ao movimentar a cabeça;
- Dor na nuca que se espalha para ombros e braços;
- Formigamento no pescoço.
Tratamentos para a cervicalgia
Em suma, terapias manuais geralmente apresentam um resultado bastante positivo no tratamento das dores cervicais. Elas atuam no alívio da dor e fortalecimento para pacientes que ainda estão na fase aguda do quadro, além de restaurar os movimentos limitados e prevenir que o paciente desenvolva problemas no local por não usar a articulação.
Normalmente, divide-se o tratamento em 5 etapas: Fisioterapia manual, mesa de tração eletrônica, mesa de flexão e descompressão, estabilização vertebral e por fim, a busca por alternativas, como a quiropraxia, musculação e pilates.
A quiropraxia é indicada tanto em casos de cervicalgia aguda quanto de crônica, e deve ser parte constante no tratamento. Além dela, existem a liberação miofascial e a Osteopatia, todas abordagens manuais.
Por fim, apenas 5% dos casos de cervicalgia são indicados para a cirurgia. Assim, mesmo naqueles mais graves, recomenda-se esgotar todas as possibilidades terapêuticas antes de qualquer intervenção cirúrgica.
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