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‌Fratura do Fêmur Proximal

O fêmur é o osso tubular mais longo e pesado do corpo humano. É ele o responsável por suportar toda a carga na extremidade inferior. E é justamente por isso que as fraturas do fêmur representam importante problema de saúde, interferindo significativamente na qualidade de vida das pessoas. 

De modo geral, uma fratura do fêmur pode ser proximal (envolvendo colo ou transtrocantérica do fêmur) ou diafisária (no corpo do fêmur).

No que diz respeito às fraturas proximais, elas podem ser divididas em intracapsulares (envolvendo o colo do fêmur) e extracapsulares (transtrocantéricas). 

Nos idosos, as fraturas proximais do fêmur em idosos representam um sério problema dentro do contexto da saúde pública, devido aos elevados custos econômicos para o tratamento e as suas consequências, assim como pela alta taxa de morbidade e mortalidade (entre 12% a 37% após um ano do evento).

Existem alguns fatores de risco associados as fraturas proximais, como osteoporose, idade avançada, sexo feminino, etnia branca, uso de benzodiazepínicos, além de fatores ambientais e pessoais. Normalmente, elas são secundárias a traumas de baixo impacto, sem sérias consequências para os jovens.  

Sintomas da fratura do fêmur proximal

Os principais sintomas de fratura do fêmur proximal relatados pelos pacientes são: dor intensa no quadril e dificuldade para andar. Também pode-se observar encurtamento do membro inferior acometido, nos casos em que há desvio dos fragmentos fraturados.  

Em alguns casos, quando o paciente está em posição supina (posição do corpo quando o indivíduo deita de face para cima), o pé do lado afetado pode apresentar rotação externa. 

Diagnóstico da fratura do fêmur

Para um diagnóstico correto da fratura do fêmur, o ortopedista especialista em quadril deve pedir alguns exames, como radiografias simples ântero-posterior (AP) e laterais da coxa.

As fraturas no colo do fêmur podem ser classificadas como: 

a) estágio I – fraturas incompletas ou impactadas em valgo; 

b) estágio II – fraturas sem desvio;

c) estágio III – fraturas completas parcialmente desviadas (com desalinhamento entre as trabéculas ósseas do acetábulo e cabeça femoral); 

d) estágio IV – fraturas completas, totalmente desviadas (com alinhamento das trabéculas ósseas entre a cabeça femoral e o acetábulo). 

Já as fraturas transtrocantéricas são classificadas como: 

a) tipo I – traço simples sem desvio; 

b) tipo II – traço simples com desvio, com ou sem fratura do trocânter menor; 

c) tipo III – envolvimento do trocânter menor

Tratamento para fratura do fêmur proximal

Apesar de não existir um tratamento específico para as fraturas na extremidade proximal do fêmur, a maioria dos pacientes é tratada cirurgicamente, em associação com a reabilitação fisioterápica precoce. De preferência, a cirurgia deve ser feita  nas primeiras 48 horas após o diagnóstico. 

O tratamento conservador é indicado para as fraturas sem desvios e para as incompletas, restringindo-se também aos acamados sem condição de marcha e aos que apresentam contraindicação absoluta para a cirurgia.

Complicações 

As fraturas do fêmur proximal possuem complicações relacionadas diretamente à fratura e cirurgia ou como consequência indireta pelo tempo acamado e inatividade. Entre as principais delas podemos citar:

  • Não-consolidação ou pseudartrose: quando uma fratura não cicatrizou. Esta complicação é rara em fraturas transtrocantéricas, desde que a mesma ocorra em uma área ricamente vascularizada.  Os pacientes podem queixar-se de dor na virilha, quadril ou coxa. O tratamento é geralmente cirúrgico e pode incluir osteotomia ou artroplastia. 
  • Necrose avascular da cabeça femoral : diversos vasos saem da região trocantérica e passam na superfície do colo femoral para nutrir a cabeça femoral. Estes vasos podem ser lesados nas fraturas do colo femoral e levar à falta de vascularização da cabeça femoral, com consequente morte (necrose) óssea.
  • Tromboembolismo: a trombose venosa profunda ocorre em cerca de 45% dos pacientes com fratura de fêmur proximal, contudo só causa sintomas em 7% dos pacientes. A prevenção desta complicação inclui principalmente mobilização precoce, fisioterapia e uso de medicações antitrombóticas. 
  • Infecção: é mais comum em pacientes submetidos a artroplastia do que a fixação das fraturas do quadril. 
  •  Mortalidade: idosos com fratura do quadril apresentam uma taxa de mortalidade aproximada de 30% em 1 ano. Esta taxa é 4 a 5 vezes maior do que em população de mesma idade sem fratura. 

Agora que você já sabe como ocorre a fratura do fêmur proximal e sua alta taxa de mortalidade em idosos, não deixe de procurar um ortopedista especialista em quadril Agende já uma consulta com o Dr. Daniel Daniachi!

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), possui residência médica em Ortopedia e Traumatologia pela mesma instituição de ensino e subespecialização em Cirurgia do Quadril.
Registro CRM-SP nº 117036.

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