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Necrose

Em síntese, a necrose é um processo que indica morte celular ou de tecidos do organismo. Sabe-se também que todo processo envolve também processo inflamatório no local. Várias são as causas da necrose. Entre elas, podemos citar a diminuição da circulação do sangue e a falta de oxigenação com a presença de toxinas e enzimas que levam à morte celular.

Vamos entender melhor sobre o processo, causas e tipos de necrose.

Necrose: entendendo o problema

Em termos médicos, a necrose é a morte celular patológica, resultado de uma lesão celular irreversível. Assim, ela pode atingir células isoladas, um conjunto delas (que são os tecidos) ou ainda órgãos inteiros do corpo humano. 

O tamanho e a proporção que o processo irá atingir dependerá da intensidade do fator etiológico. Em casos, onde ela aparece relacionada a procedimentos estéticos, basicamente, o ataque se traduz no bloqueio rápido e total da oxigenação, processo a qual damos o nome de isquemia

Em casos onde ocorre apenas a diminuição da oxigenação, a necrose torna-se pouco provável, porém não impossível.

Necrose

Além disso, todo o processo necrótico, como também pode ser chamado, possui características  macro, que são visíveis a olho nu, e micro, vistas apenas por microscópio. Dessa forma, eles variam de acordo com o tipo de necrose, mas em sua essência, ambos possuem características em comum como a diminuição da consistência e elasticidade dos constituintes celulares e alterações na coloração do tecido e no aspecto geral do local,

É importante salientar que os eventos que procedem a necrose são instantâneos e irreversíveis, ou seja, não se pode perder tempo para restaurar a oxigenação do local. Assim que o processo se inicia, é preciso que se diminua imediatamente o número de células atingidas, minimizando os danos. 

Portanto, se o fluxo sanguíneo for imediatamente estabelecido, poucos tecidos e células serão atingidos, contribuindo para um evento clínico favorável e de mais fácil recuperação.

Mudança de coloração

Trata-se da característica mais evidente do processo de necrose. E, ao contrário do que muitos pensam, a cor do tecido não é igual para todos; ela varia de acordo com o tipo morfológico. Dessa forma, temos o seguinte:

  • Vermelho escuro/roxo/negro – Indica necrose hemorrágica;
  • Branco/opaco – Decorre de eventos isquêmicos, traduzidos pela opacidade da mucosa e da pele;
  • Amarelo/Marrom – Indica necrose liquefativa, típico da supuração.

Vale salientar que qualquer cor em um tecido diferente das cores de um processo inflamatório, sempre devem ser vistas com atenção. Assim, registrar as etapas de cores auxilia muito no tratamento e na prevenção de complicações (a própria necrose) e outras reações adversas.

Autólise

Processo que ocorre imediatamente após a interrupção do fluxo de sangue e inclui alterações nucleares, grande parte delas visíveis ao microscópio. Entre as alterações nucleares, podemos citar:

  • Picnose – caracteriza-se pela redução de volume por contração nuclear e aumento da basofilia por condensação da cromatina;
  • cariorrexe – Identificada pela ruptura da cromatina e posterior desintegração em grupos amorfos com perda dos limites nucleares;
  • cariólise – dissolução da cromatina por hidrólise dos ácidos nucleicos.

Tipos de necrose

Atualmente, a classificação dos tipos de necrose muda bastante de acordo com a referência bibliográfica. Contudo, em geral, incluem sempre a necrose gordurosa, de coagulação, liquefação e a caseosa. Vamos entender cada uma.

Caseosa

Tem como característica principal a coloração branca ou amarelada, semelhante a do queijo cremoso. Geralmente, é resultado de alguma lesão crônica, de longa duração.

Coagulação

Em suma, causada pela isquemia, diminuição ou suspensão do fluxo de sangue para determinada região. Todo o tecido afetado tem a aparência de um coágulo.

Gordurosa

Atinge todos os tecidos gordurosos, como por exemplo, o pâncreas. Dessa forma, pode ser resultado de uma pancreatite. Pode afetar ainda o tecido mamário.

Liquefação

A princípio, o tecido afetado assume a aparência líquida. Portanto, acontece quando células que fazem parte do sistema nervoso, são afetadas.

Evolução da necrose

Primordialmente, o tecido necrosado se comporta como um corpo estranho. Dessa forma, o local inflama na tentativa de eliminar a área necrosada. A eliminação pode ocorrer por absorção, drenagem, cicatrização, calcificação, encistamento  ou sequestro.

A evolução mais temida da necrose é a gangrena, quando a área já sofre influência do ar (ressecamento) ou a infecção bacteriana sobreposta a uma área previamente necrosada.

Tratamento geral

Entre os tratamentos, podemos citar:

  • Antibióticos;
  • Amputação, em casos extremos;
  • Cirurgia para retirada do tecido morto.

O tratamento em geral consiste na remoção do tecido morto e a administração de antibióticos por via intravenosa. Quando não é mais possível realizar tal procedimento, torna-se necessário a amputação do membro afetado.

Você ainda tem dúvidas sobre o assunto? Entre em contato com a gente!

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), possui residência médica em Ortopedia e Traumatologia pela mesma instituição de ensino e subespecialização em Cirurgia do Quadril.
Registro CRM-SP nº 117036.

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