Como saber se tenho a síndrome do piriforme?
Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadrilPostado em: 24/07/2024

Quando você sente dor no quadril, é comum pensar em problemas frequentes como artrite, artrose, bursite ou dor ciática. No entanto, a Síndrome do Piriforme, uma condição menos conhecida, mas igualmente dolorosa, deve ser considerada.
Compreender a síndrome do piriforme é crucial, pois seu diagnóstico pode ser complexo. Esta condição é relativamente rara e muitas vezes confundida com outras doenças que afetam o quadril, o que pode retardar o tratamento adequado.
O músculo piriforme, localizado profundamente na nádega, é responsável pela rotação da coxa e pela estabilização da pelve.
A síndrome ocorre quando o nervo ciático é posicionado de forma inadequada ou sofre compressão devido à contratura desse músculo. Esta compressão pode ser causada por excesso de exercícios que sobrecarregam os glúteos ou por uma carga excessiva.
A síndrome do piriforme é caracterizada por uma pressão constante sobre o nervo ciático, que provoca inflamação e resulta em dor intensa no quadril e na região das nádegas. Continue lendo para descobrir mais sobre esta condição dolorosa.
Afinal, como saber se tenho a síndrome do piriforme?
A síndrome do piriforme é mais comum em mulheres, mas também pode afetar homens, especialmente idosos, ciclistas, corredores e atletas que exigem muito das pernas.
Essa condição é marcada por uma inflamação no músculo piriforme, que pode comprimir o nervo ciático, gerando dor intensa.
Principais sintomas
- Dor: localizada na região lombar, irradiando para as nádegas e a parte de trás das coxas, frequentemente mais intensa em um lado do corpo (direito).
- Formigamento e queimação: sensações que pioram ao permanecer sentado ou ao realizar movimentos de rotação, como cruzar as pernas.
- Dor com sensação de pontada ou “facada”: pode atingir a parte lateral da perna.
- Dormência: sensação de dormência na nádega ou na perna.
- Dificuldade para caminhar: durante crises agudas, pode andar mancando.
- Primeira crise durante a gravidez: devido ao aumento de peso.
Os sintomas podem piorar durante certas atividades, como:
- Ficar sentado por longos períodos de tempo.
- Caminhar ou correr.
- Subir escadas.
Diagnóstico
Para diagnosticar a síndrome do piriforme, realizo uma avaliação clínica detalhada, analisando seus sintomas e realizando testes específicos para descartar outras condições com sintomas semelhantes, como dor glútea profunda ou lombociatalgia.
Exames de imagem, como raio X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, podem ser solicitados para garantir um diagnóstico preciso.
Tratamento da síndrome do piriforme
Tratamento inicial:
- Medicamentos: prescrição do uso de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares para alívio da dor.
- Fisioterapia: indicação de reabilitação e fortalecimento do músculo piriforme.
- Infiltração: aplicação de medicamentos diretamente na área afetada para reduzir a inflamação.
- Terapias alternativas: sessões de acupuntura e massoterapia para correção da contratura muscular.
Terapias complementares:
- Massagens e alongamentos específicos: além de repouso, essas técnicas ajudam a aliviar a pressão sobre o nervo ciático.
- Aplicação de toxina botulínica: imobiliza temporariamente o músculo piriforme, reduzindo assim a compressão sobre o nervo ciático.
Em casos mais severos, quando não há uma resposta satisfatória ao tratamento conservador, a intervenção cirúrgica pode ser recomendada.
Se você está enfrentando sintomas relacionados à síndrome do piriforme ou tem preocupações com a saúde do seu quadril, entre em contato comigo. Estou aqui para ajudar você a encontrar o tratamento adequado e garantir seu bem-estar.
Como evitar a síndrome do piriforme?
Para prevenir a síndrome do piriforme, é preciso fortalecer a região glútea, especialmente com movimentos de rotação e abdução do fêmur. No entanto, é importante moderar a carga utilizada nos exercícios para evitar inflamação.
A falta de flexibilidade na região glútea também é um fator de risco, podendo contribuir para desalinhamentos posturais e o surgimento de lesões. Por isso, é altamente recomendado incluir exercícios de alongamento em sua rotina de treinos.
Além disso, se você trabalha sentado ou permanece muito tempo nessa posição, é importante levantar e caminhar para movimentar o corpo.
Ao menor sinal de dor, busque ajuda médica para obter um diagnóstico e, se necessário, iniciar o tratamento adequado o quanto antes. Prevenir a síndrome do piriforme é simples quando adotamos esses cuidados no nosso dia a dia.
Quando devo consultar meu médico para tratamento do piriforme?
Se você está enfrentando os seguintes sintomas, é essencial consultar um ortopedista especialista em quadril o mais rápido possível:
- Tropeços ou quedas frequentes devido à dor ou dormência.
- Dor persistente por mais de algumas semanas, especialmente se você já está seguindo as recomendações médicas e ajustando seu estilo de vida.
- Problemas para controlar o intestino ou a bexiga.
- Dor repentina e intensa na parte inferior das costas ou na perna.
- Fraqueza ou dormência repentina nas costas ou na perna.
- Trauma ou lesão nas costas, quadril ou perna.
- Dificuldade em levantar o pé do chão.
Se você está sofrendo com dor no quadril e suspeita da Síndrome do Piriforme, não hesite em buscar ajuda especializada. Agende sua consulta comigo, Dr. Daniel Daniachi, para um diagnóstico preciso e tratamento eficaz.
Dr. Daniel Daniachi
Cirurgião do Quadril
CRM-SP: 117.036 | RQE: 120.008
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Daniel DaniachiOrtopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril
Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), possui residência médica em Ortopedia e Traumatologia pela mesma instituição de ensino e subespecialização em Cirurgia do Quadril.
Registro CRM-SP nº 117036 | RQE:120008 Ortopedia e Traumatologia