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Dor na Virilha Após Artroplastia de Quadril: causas e tratamentos

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

Postado em: 13/10/2025

A Dor na Virilha Após Artroplastia de Quadril é um sintoma comum no início da recuperação. Na maioria dos casos, está relacionada ao processo de cicatrização e à adaptação da articulação à prótese.

Quando a dor persiste, se intensifica ou vem acompanhada de sinais como inchaço, febre, dificuldade para caminhar ou sensação de instabilidade, pode indicar complicações que exigem avaliação médica.

Com os avanços da ortopedia moderna — como o planejamento cirúrgico 3D, as técnicas minimamente invasivas e a reabilitação personalizada — é possível diferenciar o que faz parte da recuperação normal do que precisa de intervenção.

Esses recursos aumentam a segurança e melhoram os resultados. Continue a leitura para entender o que é esperado e quando buscar ajuda diante da dor na virilha após a cirurgia de quadril.

O que é normal sentir no início

Nas primeiras semanas após a artroplastia de quadril, muitos pacientes relatam dor na virilha, geralmente associada a dois fatores principais:

  • Cicatrização dos tecidos: a cirurgia envolve músculos, cápsulas e tendões. O processo inflamatório inicial causa dor ao caminhar, levantar-se ou subir escadas. Esse desconforto costuma diminuir com analgésicos, anti-inflamatórios, gelo e fisioterapia;
  • Adaptação muscular: a prótese reposiciona o quadril em um eixo mais anatômico, e os músculos precisam se ajustar a essa nova dinâmica. Essa fase pode gerar dor temporária, especialmente ao flexionar o quadril ou iniciar movimentos diferentes.

Essa dor deve diminuir progressivamente. Em média, a melhora significativa é percebida entre a 4ª e a 8ª semana, com evolução consistente até o 3º mês.

Quando acende o sinal de alerta

Se a dor na virilha após artroplastia de quadril não melhora dentro do tempo esperado ou surge associada a outros sintomas, é importante investigar. Entre as causas que merecem atenção estão:

  • Tendinite do iliopsoas: dor ao levantar a perna ou subir escadas, gerada pelo atrito do tendão com a prótese;
  • Soltura da prótese: ocorre quando o implante perde a fixação ao osso, principalmente no componente acetabular. Provoca dor profunda, persistente e de caráter mecânico, que piora ao caminhar, subir escadas ou permanecer em pé;
  • Deslocamento ou luxação da prótese: acontece quando a cabeça da prótese sai do encaixe acetabular, causando dor súbita e intensa, encurtamento da perna e incapacidade de apoiar o peso. Trata-se de uma emergência médica;
  • Infecção periprotética: dor acompanhada de febre, calor local, vermelhidão ou secreção na incisão;
  • Irritação neural ou impacto de partes moles: resposta de nervos e tecidos à nova mecânica articular.

Em dúvida sobre sua dor? Agende uma avaliação. Um exame clínico detalhado e exames de imagem ajudam a identificar a origem e indicar o tratamento ideal.

Como faço o diagnóstico

O diagnóstico combina avaliação clínica e exames de imagem:

  • Radiografia digital: verifica o posicionamento da prótese e sinais de soltura;
  • Ultrassonografia: avalia tendões e bursas, como o iliopsoas;
  • Ressonância magnética: examina tecidos moles mesmo com a prótese;
  • Tomografia computadorizada: detalha encaixe e alinhamento;
  • Exames laboratoriais: investigam possíveis infecções.

Esse conjunto permite diferenciar se a dor é parte natural da recuperação ou se há complicações que exigem intervenção.

Tratamentos: do conservador ao avançado

A maioria dos casos responde ao tratamento conservador, que inclui:

  • Controle da dor e inflamação: uso de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), gelo em fases agudas e calor em dores musculares crônicas;
  • Fisioterapia estruturada: foco no fortalecimento dos glúteos, estabilização do core, alongamentos e treino de marcha. Em tendinite do iliopsoas, adaptamos os exercícios para evitar sobrecarga;
  • Ajustes de atividade e ergonomia: adaptações na rotina, evitando movimentos bruscos e priorizando calçados adequados;
  • Procedimentos guiados por imagem: infiltrações com ultrassom em casos resistentes, para reduzir inflamações;
  • Cirurgia de revisão: indicada apenas em situações específicas, como soltura confirmada, luxações recorrentes ou impacto persistente.

Dor que não melhora? Entre em contato e marque sua consulta para revisão do caso com exames atualizados e um plano de reabilitação personalizado.

Sinais de que você deve procurar ajuda imediatamente

  • Dor súbita e intensa que impede apoiar a perna;
  • Febre, vermelhidão ou secreção na região da cirurgia;
  • Sensação de que o quadril está “saindo do lugar”;
  • Encurtamento da perna ou alteração brusca da marcha.

Expectativas realistas e evolução

Com posicionamento adequado da prótese, fisioterapia bem conduzida e atenção aos sinais de alerta, a maioria dos pacientes apresenta melhora progressiva da dor e maior mobilidade:

  • Entre 4 e 12 semanas: retomada das atividades básicas;
  • Em até 6 meses: consolidação da recuperação, com retorno seguro a exercícios físicos e lazer.

Estudos mostram que mais de 85% dos pacientes relatam melhora significativa da dor e da qualidade de vida após a artroplastia de quadril.

Perguntas frequentes

1. O que causa dor na virilha após artroplastia de quadril?

Pode estar relacionada à cicatrização, adaptação muscular ou inflamações temporárias. Em casos persistentes, pode indicar tendinite do iliopsoas, soltura, luxação, infecção ou impacto de partes moles.

2. É normal sentir dor após 6 meses de cirurgia?

Não. A maioria dos pacientes melhora entre o 3º e o 6º mês. Dor que se mantém após esse período deve ser investigada.

3. Quais exames ajudam no diagnóstico?

Radiografia digital, ultrassonografia, ressonância magnética com protocolos especiais, tomografia computadorizada e exames laboratoriais, quando há suspeita de infecção.

4. Quando é necessário buscar atendimento?

Se houver dor intensa e súbita, febre, calor local, vermelhidão, secreção, encurtamento da perna ou instabilidade do quadril.

5. Posso fazer exercícios durante a recuperação?

Sim, com orientação. Fortalecimento de glúteos, treino de marcha e alongamentos são recomendados, evitando impacto até liberação médica.

6. Quando considerar a revisão cirúrgica?

Nos casos de soltura confirmada da prótese, luxações recorrentes, infecção ou impacto persistente que não melhora com tratamento conservador.

Consulta com especialista em cirurgia do quadril

A dor na virilha após artroplastia de quadril pode ser parte da recuperação ou sinalizar complicações. O essencial é diferenciar cada situação e agir no momento certo.

Se a dor está atrasando sua recuperação, agende hoje mesmo sua consulta comigo. Vou avaliar seu caso, definir o diagnóstico preciso e indicar o melhor tratamento para que você volte a se movimentar com segurança, liberdade e confiança.

Dr. Daniel Daniachi
Cirurgião do Quadril
CRM-SP: 117036 | RQE: 120008

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    INFORMAÇÕES DO AUTOR:

    Dr. Daniel Daniachi

    Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

    Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), possui residência médica em Ortopedia e Traumatologia pela mesma instituição de ensino e subespecialização em Cirurgia do Quadril.
    Registro CRM-SP nº 117036 | RQE:120008 Ortopedia e Traumatologia