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O que é e como tratar fratura da pelve?

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

Também conhecida como bacia, a pelve consiste na região anatômica inferior ao tronco e é formada pelo osso do quadril (ílio, ísquio e púbis), assim como, pelo sacro e cóccix. Ela é responsável por unir a região do tronco aos membros inferiores, propiciar a sua movimentação, além de proteger os órgãos da região pélvica e do abdômen, mais especificamente dos tratos urinário e gastrointestinal.

Então, o que é a fratura da pelve?

Basicamente, se trata de fratura que acomete os ossos da pelve e, apesar de representar apenas 3% das fraturas corporais, é considerada uma emergência médica, uma vez que pode levar a quadros hemorrágicos e limitações de movimentos. Estima-se que entre 20% a 30% dos casos de fratura da pelve resultem em alguma deficiência do paciente após o acidente.

A fratura da pelve pode se dar por traumas leves, como uma queda da própria altura, em especial com idosos, por conta da fragilidade óssea causada pela osteoporose. Entretanto, a grande maioria dos casos ocorre por traumas de alta energia, como acidentes de trânsito ou quedas de grandes alturas. 

Esse tipo de fratura pode acontecer com ambos os sexos, mas é mais frequente nos homens, com idade inferior a 50 anos, principalmente entre os 30 e 40 anos.

Sintomas e diagnóstico

Quando o indivíduo sofre com alguma fratura na pelve, ele sente dor tanto ao se movimentar quanto na palpação do local. Além disso, podem ser observados inchaço e hematoma na região da lesão e também genital. A dor tende a ser mais intensa quando o corpo já está mais “frio” e ao tocar a área.

Em alguns casos, pode acontecer a fratura da pelve sem deslocamento, o que muitas vezes permite ao indivíduo caminhar, porém, sentindo dor. Em traumas mais graves, podem ocorrer hemorragias, lesões na uretra e bexiga, nervos e vasos. Também podem acontecer outras lesões ósseas em conjunto, como uma fratura do colo do fêmur.

De forma geral, o diagnóstico é traçado com base nas informações sobre o ocorrido, o acidente que levou ao trauma, e a análise dos sintomas. Então, o médico normalmente solicita o exame de raio-X, a fim de uma avaliação mais aprofundada do quadro, bem como para identificar o tipo e a extensão da lesão. O exame de imagem também permite identificar a existência de outras fraturas, como de quadril, por exemplo.

Além disso, o médico ainda pode solicitar uma tomografia computadorizada, a fim de definir o melhor tratamento a ser adotado, e a ressonância magnética, para avaliar possíveis lesões articulares, nos ligamentos, nervos e órgãos que ficam na região.

Como tratar a fratura da pelve?

A definição do melhor tipo de tratamento depende principalmente do estado de saúde geral do paciente, da sua idade e a presença ou não de lesões associadas.

Quando a lesão se dá por um trauma mais leve, em que a fratura se apresenta em condições estáveis e não há deslocamento articular, no geral é indicado o tratamento conservador, ou não cirúrgico, a base de repouso, compressas de gelo e uso de medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo médico. 

Em alguns casos, o paciente necessita do auxílio de muletas ou andadores para caminhar, e também se faz a indicação de sessões de fisioterapia, com o propósito de evitar a perda da mobilidade e a atrofia muscular.

Nos casos em que o paciente apresenta uma fratura instável, com deslocamento e a presença de lesões ligamentares, se indica o tratamento cirúrgico. Geralmente, a cirurgia é feita após cerca de duas semanas do trauma, que é o tempo suficiente para que o inchaço e hemorragia diminuam.

No procedimento, é feito o que se chama de redução, que consiste em colocar o osso ou a articulação no seu devido lugar, para, então, poder estabilizar a fratura com o uso de placas e parafusos a serem fixados no osso. Quando há a lesão completa dos ligamentos na região sacroilíaca, se faz a estabilização com parafusos na articulação.

Também podem ser realizadas, enquanto intervenções cirúrgicas, o que se chama de osteossíntese, um procedimento que une as extremidades dos fragmentos ósseos para a consolidação da fratura, e a artroplastia, em que a área afetada é substituída próteses, recuperando a qualidade de vida do paciente que pode voltar à rotina ativa e sem dor.

Recuperação pós-cirúrgica

Esse é um período bastante delicado, pois, com a consolidação da fratura, o paciente também pode apresentar sequelas nas “partes moles” que ficam nessa parte do corpo, como órgãos, vasos e nervos.

Por isso, é imprescindível o devido acompanhamento de um médico ortopedista especialista em quadril, fisioterapeuta, dentre outros especialistas envolvidos, mitigando os riscos do pós-cirúrgico, como trombose, rigidez e encurtamento muscular.

Geralmente, o paciente é liberado para voltar às suas atividades após seis meses a um ano.

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), possui residência médica em Ortopedia e Traumatologia pela mesma instituição de ensino e subespecialização em Cirurgia do Quadril.
Registro CRM-SP nº 117036.