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Quais os tratamentos indicados para fraturas do acetábulo e pelve

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

As fraturas do acetábulo são aquelas que acontecem na região articular do quadril, mais especificamente na pelve, também chamada de “bacia”. 

Ainda que se trate de um acontecimento mais raro, as fraturas nessas regiões podem ocorrer com idosos, que possuem os ossos mais fracos principalmente por conta da osteoporose, provocadas muitas vezes por quedas simples. 

Entretanto, a grande maioria dos casos é causada por acidentes associados a traumas de alta energia, como uma colisão de carro, motocicleta ou quedas de grandes alturas.

Por isso, geralmente, as fraturas do acetábulo e pelve são consideradas graves, não apenas devido à gravidade das lesões no quadril e possíveis limitações que possam ocasionar, mas também por conta do estado geral do paciente, que, muitas vezes, apresenta lesões em outros órgãos, podendo representar um risco de vida.

A partir do diagnóstico do quadro, que é feito basicamente por meio de exames de radiografia, se faz o planejamento do tratamento, que em geral envolve a cirurgia para a restauração da anatomia normal do quadril e estabilização da articulação, dependendo do tipo de fratura.

Tipos de lesão no acetábulo e pelve

Com uma tomografia computadorizada, é possível traçar um planejamento e fazer a escolha do melhor tratamento para cada caso, uma vez que existem variadas formas de fratura do acetábulo, exigindo intervenções diferentes. 

Por exemplo, pode acontecer de o osso quebrar diretamente pelo soquete ou fraturar em vários pedaços. Uma articulação irregular ou instável leva a danos contínuos na cartilagem, o que pode ocasionar num quadro de artrite, e isso pode acontecer quando, por conta da fratura, a cabeça femoral passa a não se encaixar mais de modo firme.  

Então, assim como em qualquer fratura articular, é necessário que haja um alinhamento perfeito das fraturas do acetábulo, a fim de minimizar as consequências do desgaste da articulação ao longo do tempo. 

Existem diversos fatores que caracterizam a gravidade da lesão, como:

  • A quantidade e o tamanho dos fragmentos da fratura;
  • O nível de desvio (deslocamento) de cada peça;
  • A lesão nas superfícies da cartilagem do acetábulo e da cabeça do fêmur;
  • Lesão em tecidos moles no entorno (músculos, nervos, tendões, pele).

As fraturas abertas, que ocorrem quando fragmentos de osso saem pela pele ou uma ferida penetra no osso quebrado, ainda que raras, também podem acontecer em fraturas do acetábulo e são particularmente graves devido ao risco de infecção, sendo necessário um tratamento imediato com fins de prevenção. 

Tratamentos indicados para fraturas do acetábulo e pelve

A fratura do acetábulo acontece quando uma força pressiona a cabeça do fêmur contra o acetábulo, que pode ocorrer numa colisão frontal de carro, por exemplo, em que o joelho bate no painel, ou mesmo pela lateral, como cair de uma escada diretamente no quadril. 

Quando o desvio dos fragmentos da fratura é pequeno, é possível realizar um tratamento sem intervenção cirúrgica, restringindo a carga exercida sobre o local acometido. Já nos casos em que o desvio é maior, é necessário encaminhar o paciente para a cirurgia, para a redução da fratura e fixação dos fragmentos.  

E, ainda, dependendo da direção da força no momento da fratura, pode acontecer de a cabeça do fêmur ser deslocada para fora do soquete do quadril, o que resulta num quadro de luxação.

Para determinar o melhor tratamento, o médico deverá considerar alguns fatores principais:

  • O tipo de fratura;
  • Quão deslocados estão os ossos;
  • O estado geral de saúde do paciente.

Assim, o profissional poderá indicar uma das opções de tratamento:

  • Tratamento não cirúrgico

Geralmente é recomendado para fraturas estáveis, ou seja, quando os ossos não sofreram deslocamento ou ainda para os casos em que o paciente apresente maiores chances de ter complicações ao passar por um procedimento cirúrgico. Esse tipo de tratamento pode envolver:

  • Auxiliares de caminhada (muletas ou andador): para evitar o peso exercido na perna;
  • Auxílios de posicionamento (travesseiro de abdução, imobilizador de joelho): para preservar a estabilidade das articulações, restringindo a posição do quadril;
  • Medicamentos: anticoagulante e/ou remédios para o alívio da dor.
  • Tratamento cirúrgico

A grande maioria dos casos tem a indicação para cirurgia, que tem como principal objetivo conseguir restaurar a anatomia normal do quadril, reconstruindo uma superfície lisa e plana do acetábulo. Para isso, o cirurgião irá alinhar os fragmentos de osso e encaixar devidamente a cabeça femoral no encaixe do quadril.

Antes da cirurgia, o médico poderá imobilizar a fratura, colocando a perna na tração esquelética, por meio do implante de um pino de metal no fêmur ou nos ossos da tíbia, e assim poder evitar outras possíveis lesões ou danos no encaixe do quadril. 

Essa técnica mantém os fragmentos de osso nas suas devidas posições até o momento da cirurgia, podendo propiciar em alguns casos o alívio da dor. 

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Daniel Daniachi Ortopedista e Traumatologista especialista em cirurgia do quadril

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), possui residência médica em Ortopedia e Traumatologia pela mesma instituição de ensino e subespecialização em Cirurgia do Quadril.
Registro CRM-SP nº 117036.